Património de Arte Sacra da Cidade de Penafiel | Santa Margarida de Cortona-Igreja do Calvário

Património de Arte Sacra da Cidade de Penafiel | Santa Margarida de Cortona, venerada na Igreja do Senhor Jesus do Calvário
Andor de Santa Margarida de Cortona na Procissão de S.Francisco, em Penafiel, no ano de 2009

História de Santa Margarida de Cortona (wikipédia) 
Filha de camponeses pobres, ficou órfã de mãe aos 7 anos, e, ainda adolescente, viveu como amante de um nobre de Montepulciano, também adolescente como ela, de quem teve um filho. O assassinato do pai da criança em 1273, durante uma caçada, deixou-a como mãe solteira, abandonada tanto pela família do nobre como por seu pai e sua madrasta. Contam os seus biógrafos que o cão do amante regressou a casa e puxando a sua saia a levou a descobrir o local onde estava seu corpo. Estes acontecimentos levaram-na a confessar em público: "Em Montepulciano perdi a honra, a dignidade e a paz"[1]. Arrependeu-se da sua vida passada, dirigiu-se ao Convento Franciscano de Cortona[2] e aí encontrou apoio espiritual. Passados três anos de penitência, decidiu, em 1277, viver em pobreza como Irmã da Ordem Terceira Franciscana, e deixou seu filho entregue aos cuidados de outros franciscanos, em Arezzo. Entregou-se à oração e à caridade e conseguiu apoio para criação em 1278 de uma Confraria de Santa Maria da Misericórdia, uma espécie de hospital onde as mulheres, religiosas ou leigas, podiam assistir e cuidar de doentes, pobres e sem abrigo.
Depois da morte tornou-se popular o seu culto na cidade onde viveu até à morte. O Papa Leão X permitiu que a cidade de Cortona a recordasse com memória litúrgica no dia da sua morte - 22 de Fevereiro. Em 1623 o Papa Urbano VII estendeu essa autorização a toda a Ordem Franciscana, mas só a 16 de maio de 1728 foi oficialmente canonizada pelo Papa Bento XIII[3].
A tradição religiosa católica recorda-a como protetora dos órfãos, mães solteiras, prostitutas, sem abrigo.
Nas pinturas em sua homenagem aparece com hábito de franciscana e um véu branco, às vezes com um cachorrinho aos pés, ou então como penitente, contemplando a Cruz de Cristo e uma caveira.

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