Corpo de Deus Penafiel- Bailes Tradicionais

AUTARQUIA PENAFIDELENSE RECUPERA ANTIGAS TRADIÇÕES DAS FESTAS DA CIDADE

A Câmara Municipal de Penafiel resolveu incentivar a recuperação das tradições populares que envolvem a Festa de Corpo de Deus designadamente as danças dos ofícios e corporações cujas origens remontam à Idade Média. Nessa era, a música e a dança eram consideradas formas superiores de louvar a Deus e as várias profissões (ferreiros, sapateiros, alfaiates, pedreiros, regateiras, etc.) estavam obrigadas a apresentar, com graça e correcção, os seus bailes pelas ruas, de sorte a contribuírem para o maior brilho e esplendor da mais importante festa da Cristandade.

Os séculos XIX e XX trouxeram o declínio destas manifestações populares em todo o país, mas Penafiel conseguiu manter muitas dessas danças até aos nossos dias. O Baile dos Ferreiros, por exemplo, com uma coreografia de belo efeito, nunca deixou de estar presente.

No ano passado recuperou-se o Baile dos Pedreiros, que obteve assinalável aplauso popular.

Nas festas deste ano sairão à rua mais duas danças tradicionais que não saíam há cerca de 50 anos: a das floreiras, de muito encanto feminino, e o Baile dos Turcos, de efeito espectacular, com cerca de 40 participantes simulando uma batalha entre mouros e cristãos.

As actuações de todas estas danças terão lugar em frente à Câmara Municipal na cavalhada, dia 10 de junho; e no Dia de Corpo de Deus, desde as 14 h. até ao início da procissão, em vários locais sucessivamente: no Largo da Misericórdia, em frente à Assembleia Penafidelense e no Largo da Ajuda.

A cargo do investigador José Alberto Sardinha e com a colaboração do Museu Municipal de Penafiel e da sua técnica superior Dra. Maria do Rosário Ferreira, irá ser editado um livro sobre a Festa do Corpus Christi em Penafiel, com um estudo histórico, etnográfico e musical das suas Danças, que incluirá um CD e um DVD com registos das suas exibições.

"Penafiel pode orgulhar-se de ser a única localidade portuguesa que conservou até hoje estas tão ricas e belas tradições de religiosidade popular, as quais, pela sua singularidade, assumem um carácter emblemático e identitário do povo penafidelense". afirma José Alberto Sardinha.