Exposição "Corpo de Deus em Penafiel- Persistências do Profano" no Museu Municipal

 No passado sábado foi inaugurada no Museu Municipal de Penafiel a exposição temporária "Corpo de Deus em Penafiel- persistências do profano" que dá a conhecer as tradições profanas das festas do Corpo de Deus em Penafiel, que são únicas no País. Esta exposição está patente até dia 15 de Abril de 2012.
O Blog dá uma pequena legenda sobre as imagens, pequena, pois se quiserem saber mais visitem o Museu Municipal de Penafiel ;)
 A Bicha Serpe, em forma de serpente, com asas e escamas, desde tempos longínquos que integra a procissão do Corpo de Deus.É Símbolo das batalhas  com São Jorge. À sua frente segue o seu mordomo que prende e enfrenta esta figura grotesca.
 O Estado de São Jorge, com a sua mordomia.
 O Baile das Floreiras, chamado de "regateiras" até 1920. Um Baile de muito encanto feminino, com seis pares de senhoras, e um mestre. No decorrer do Baile cada par tenta convencer o mestre a comprar as suas flores. Todas as tentativas falham porque o homem queria era comprar as meninas. No fim há uma espécie de batalha das flores.
 O Baile dos Pedreiros representa um grupo de pedreiros que veio à cidade procurar de trabalhar. Através de cantigas andam à profia com o mestre, dizendo as obras que fizeram. A certo ponto acusam o mestre de não lhes pagar. O Mestre é preso por desacato!
A sua esposa acode e para não ser presa promete tudo pagar.
Com isto os pedreiros vão merendar e o mestre é solto. finda assim o baile.
 O Baile dos Ferreiros foi o único de todas estas danças, que nunca se deixou cair. Faz escolta ao Estado de São Jorge, e ladeia o Santíssimo. Diz o povo, sem este baile a procissão não sai.
A sua coreografia deixa todos de boca aberta.
 O Baile dos Turcos, com origem nas mouricadas, ou danças mouriscas que envolviam batalhas entre mouros e cristãos, onde surgem figuras como rei turco, são Jorge, dama e o drago.
Esta dança retrata um exército cristão comandado por são Jorge que vai em auxilio duma dama.
Na batalha são Jorge é morto pelo Rei Turco.
Quando parece tudo perdido, dum rochedo, solta-se um foguete e de lá de dentro sai um anjo que ressuscita são Jorge, liberta a dama e converte os Mouros.
 O Baile dos Pauzinhos, com origem em oitocentos numa época romântica e poética. É o baile com mais variedade musical. Tem muita dança e decorre ao som dum apito, clarinetes e tubas.
O Baile dos Pretos, numa clara alusão à escravatura de antigamente. Uma dança muito alegre e animada sempre encantou toda a gente, sendo dos mais populares. Os pretinhos aparecem de cores berrantes, de calção e tanga. Na dança surge ainda a Rainha e o Rei.
O Catim, personagem do Baile, segura o "Escarambolé" que se trata dum grande mastro com várias fitas ao qual os pretos fazem um dança.

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