Cidade de Penafiel- 243 anos de História!!!

 "A actual cidade de Penafiel começou por ser a antiga freguesia de São Martinho de Moázeres, que pertencia ao tal Julgado penafidelense, mas mais concretamente um pequeno núcleo – Arrifana –, que pouco a pouco se foi impondo, em parte devido à sua privilegiada localização, junto à estrada do Porto para o interior, acabando por se afirmar como sede da própria freguesia. O grande fluxo comercial que por aqui circulava deu lugar à importante Feira Anual de São Martinho e foi responsável por grande parte do desenvolvimento, nomeadamente a nível industrial, que desde muito cedo marcou o local. A construção da nova matriz vai levar à adopção de São Martinho por parte de Arrifana, permanecendo Moázeres com a sua “velha “ Capela de Santa Luzia.

Integrado no Termo do Porto, Penafiel torna-se um Julgado, encabeçado por Arrifana do Sousa, que recebe o primeiro foral de D. Afonso Henriques, no século XI, sendo posteriormente confirmado por D. Manuel I, em 1519. A elevação a vila acontece em 1714, por D. João V, e pouco tempo depois D. José eleva-a a cidade, em 1770, tendo já anteriormente mudado a sua designação de Arrifana do Sousa para Penafiel.

 Penafiel tem atrás de si um passado antiquíssimo e um percurso histórico longo e preenchido, bem retratados pela numerosa monumentalidade espalhada um pouco por toda a cidade.Centrando-nos na freguesia penafidelense, podemos atentar em algumas das suas pérolas. Mas só algumas, obviamente, porque muitas outras ficarão por referir e para descobrir pela iniciativa de cada um. Parece de certa maneira óbvio e pouco contestável apontar o Santuário de Nossa Senhora da Piedade, vulga Igreja do Sameiro, como o ex-libris de toda a região. Mas não podemos ser assim tão lineares, se quisermos ser justos para com a própria história local. Existem monumentos de enorme relevância e simbologia histórica, indissociáveis do passado de Penafiel e anteriores ao seu nome. A Capela de Santa Luzia, por exemplo, algo afastada do centro histórico, prevalece do tempo em que a freguesia de Penafiel era a freguesia de Moázeres e que se desmembrou depois da parte de Arrifana, que ficaria com Matriz própria. A Igreja Matriz de São Martinho faz igualmente parte destes episódios, afirmando-se, como aliás sempre acontece, como o elemento religioso nuclear da freguesia. Este Monumento Nacional, datado de 1569, “faz questão” de aí manter sepultado o seu autor inicial, João Correia, embora tenha sofrido várias posteriores modificações que lhe conferiram o aspecto actual. Voltando ao Santuário do Sameiro, bastará uma vista de olhos pouco atenta para concordar com o seu estatuto de monumento-mor. Não só a sua belíssima estética arquitectónica impressiona, mas também a sua própria localização, em miradouro altaneiro, a proporcionar uma panorâmica impressionante sobre todo o Vale do Sousa. O resultado só pode ser o de detentor de um trono natural que ele próprio faz questão de merecer.

 Lá mais para baixo, e em pleno centro histórico (mesmo em frente à câmara municipal), há que realçar outro templo religioso, que chegou mesmo a ser Sé Catedral, a Igreja da Misericórdia, com a sua bela frontaria renascentista do século XVII. Uma curiosa devoção popular, que deu mesmo direito a capela própria, formou-se em torno de uma imagem de Nossa Senhora da Lapa que se tentou retirar da sua capela-mor, mas em vão, já que reaparecia sempre, e cada vez mais viva. Ao lado da Igreja, o emblemático Pelourinho de Penafiel, um Monumento Nacional que não pode passar despercebido."


A cidade de Penafiel alberga dentro de si muitas igrejas!!! No seu total são oito Igrejas: Igreja de Santo António dos Capuchos, a Igreja da Ordem Terceira  de Nossa Senhora do Carmo, a Igreja de Nossa Senhora da Conceição (mais conhecida por Igreja das Freiras) ou a Igreja da Ordem Terceira de São Francisco (Igreja do Calvário), a Igreja de Nossa Senhora da Ajuda, a Igreja Matriz de São Martinho, a Igreja da Misericórdia e a Igreja de Nossa Senhora da Piedade e Santos Passos (Santuário do Sameiro).
São igualmente merecedoras de atenção pormenorizada, a Capela de São Roque, a Capela de Santa Luzia, as inúmeras alminhas, a Capelinha do Coração de Maria, e as diversas Capelas do Senhor dos Passos espalhadas pela cidade.
Mais uma ou outra referência às ruas mais características da urbe, a Rua Direita, a Rua do Paço, a Rua do Carmo, Rua do Sacramento, Largo de Nossa Senhora da Ajuda, Rua.Dr.Joaquim Cotta, Rua Alfredo Pereira... entre outras, e às suas pitorescas varandas de ferro, para sublinhar que Penafiel é um conjunto monumental em si, e não um conjunto de monumentos estanques. Vale a pena empreender uma descoberta a este mundo, reforçado obviamente com muitas outras valências mais actuais, ou pelo menos não tão directamente relacionadas com o seu passado, como a câmara municipal e a junta de freguesia, o mercado municipal, o museu municipal, a biblioteca municipal, o pavilhão de feiras e exposições ou os muitos jardins deste espaço por si só já naturalmente ajardinado em redor.


Penafiel mantém as suas tradições, entre as quais destaque  das Festas do Corpo de Deus; as Festas de Santa Luzia, as Festas de São Roque; a Semana Santa com as suas sumptuosas procissões e cerimónias; a Agrival- Feira Agrícola do Vale do Sousa; Feira das Cebolas e de São Bartolomeu, e ainda a Feira do Padroeiro da Cidade- o São Martinho que se realiza entre 10 e 20 de novembro sendo o dia 11 Feriado Municipal.
Também tem duas feiras mensais, a 10 e 20 de cada mês...

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