Romaria de São Martinho de Penafiel oferece uma tonelada de castanha assada

"A castanha é a rainha e o vinho verde é o rei do nosso S. Martinho, por isso são produtos de consumo obrigatório para quem passar por cá nos próximos dias", disse hoje à Lusa o vereador Adolfo Amílcar.
Antecipando a romaria que vai decorrer, a partir de sábado, na cidade, prolongando-se até ao dia 20, o vereador avança que, num ponto central da cidade, será montado um assador de grandes dimensões.
"Vamos oferecer castanhas assadas a quem quiser", prometeu, frisando que, junto ao assador, será montada uma tenda gigante, no interior da qual estarão grandes pipas cheias de vinho verde tinto, das adegas de Amarante, Penafiel, Lousada, Paredes e Felgueiras. Ali as pessoas, habitualmente organizadas em longas filas, esperam para provar as cinco variedades de vinho, usando canecas ou tigelas de porcelana, adquiridas por um preço simbólico.
"Vai-se cumprir a tradição. O nosso S. Martinho é mesmo assim, muito popular", acrescentou, sorrindo.
Só para o dia de S. Martinho, feriado municipal (11 de novembro), prevê o vereador que mais de 200.000 pessoas acorram à cidade, oriundas sobretudo de vários pontos da região do Tâmega e Sousa, mas de todo o norte.
"É um mar de gente, de todas as idades e extratos sociais, que vem de todo o lado", anotou.
À espera dos visitantes estarão mais de 700 feirantes que vendem um pouco de tudo, embora sobressaindo as peças de vestuário e calçado.
"Por estarmos à porta do inverno, há a tradição de as pessoas virem ao S. Martinho comprar agasalhos", recordou.
Nos próximos dias, os arruamentos principais do centro da cidade serão fechados ao trânsito para permitirem a circulação das pessoas. Nas ruas, para além dos momentos musicais improvisados por grupos de cantares ao desafio, também sobressairão os pontos de venda de castanha crua. "São muitas toneladas de castanhas que se vendem, para além de outros produtos agrícolas", contou.
Outro atrativo da romaria são as tasquinhas centradas no largo de feira, onde se preparam petiscos tradicionais da região, como as papas de sarrabulho, o bacalhau assado, os rojões e as pataniscas de bacalhau, entre outros, acompanhados pelo vinho verde tinto e as tortas de S. Martinho, uma iguaria agridoce típica da cidade.
"É um ambiente único o nosso S. Martinho, em que as pessoas se divertem imenso e fazem as suas compras" insistiu.
Também tradicional é a feira do gado, nos últimos anos centrada no recinto da Agrival, onde são comercializadas centenas de bovinos e cavalos.
Questionado sobre o que, ano após ano, explica o sucesso da romaria, Adolfo Amílcar explicou à Lusa que esta é uma feira secular, com um cariz regional e com raízes muito populares que foram sempre preservadas."

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