Secular Cavalhada em Penafiel | Tradição com 300 anos!

Tradição com 300 anos é única no País! Figura da Cidade prestou cumprimentos à Câmara

Este desfile com origem no século XVIII, partiu do Campo de Torres Novas e seguiu em desfile pelas avenidas da cidade até ao edifício dos Paços do Concelho. Um carro puxado por uma parelha de cavalos traz a figura da cidade, que vestida a rigor, irá apresentar cumprimentos à edilidade. 
Em frente ao edifício, a figura da cidade pede silêncio aos presentes para poder saudar os autarcas que se encontram na varanda principal. Lidos os versos, a figura alegórica, que foi delegada pelo povo, dirige-se à varanda do edifício,  acompanhado por duas meninas vestidas de branco, e aí saúda o Presidente da Câmara perante o povo penafidelense.
Após esta homenagem, o Presidente da Câmara, tem por costume, dirigir algumas palavras aos Penafidelenses. 
Ficam algumas fotografias da cavalhada e dos respetivos bailes. Poderás, no entanto, ver um album mais completo na página oficial do Riquezas e Tradições de Penafiel no facebook.


Antes da Cavalhada o Presidente ouviu os pedidos dos Penafidelenses, Já na varanda reiterou a sua vontade responder a todos os pedidos. 

No decorrer da cavalhada actuam os Bailes dos Ofícios, únicos no País
Bailes retratam as corporações dos antigos ofícios e que estavam obrigadas a apresentar-se na festa com as suas danças, em forma também de louvar a Deus. Os Bailes são seculares e são já referidos no tombo setecentista da festa. Fique a conhecer:

Baile dos Ferreiros-único no País
O Baile dos Ferreiros foi o único dos Bailes das Festas do Corpo de Deus de Penafiel, únicos no País, que nunca deixou de se realizar. Este baile, também chamado dança das espadas, devido à sua coreografia espectacular, é o mais importante e faz guarda de honra ao Santíssimo Sacramento. Segundo diz o povo, a procissão do Corpo de Deus não pode sair sem este baile.

Baile dos Pedreiros- único no País

 Este Baile, único no País, foi recuperado em 2008, e representa o oficio dos Pedreiros, mostrando o dia-a-dia desta classe profissional. No Baile, o Mestre e os pedreiros andam à porfia, enumerando as obras que fizeram. Num desentendimento, os pedreiros acusam o mestre de não lhes pagar o ordenado. O ambiente "aquece" e o senhor meirinho prende o mestre por desacato. A esposa do mestre acode o marido, mas para evitar ser presa promete pagar tudo aos pedreiros que entretanto vão merendar. No fim, o rapaz dos picos recolhe o material de trabalho, acabando todos em bem.

O Baile das Floreiras- único no País
O Baile das Floreiras, único no País, de muito encanto feminino, é composto por 6 pares de senhoras, vestidas de saia preta, camisa branca, xaile, chapéu, um raminho e uma canastrinha de flores nas mãos. Toda a roupa é decorada com flores. No baile também existe o mestre. A dança retrata as floreiras que vieram à cidade vender as suas flores, mas um homem (mestre) regateia com elas para tentar comprar  as floreiras, e não as flores. No fim acabam por se entenderem entre todos, e as floreiras fazem uma espécie de batalha de flores que enche de alegria todos os que assistem.

O Baile dos Pausinhos- único no País
O Baile dos Pausinhos, composto por 8 pares de rapazes e raparigas, todos bem apuradinhos, com um par de pausinhos de madeira cada um.
 O Baile orientado ao som do apito, de clarinetes e tubas, tem muita dança e cântico, dando um colorido especial, fazendo deste baile diferente de todos os outros, pelos aspectos que engloba.
    Este baile nasceu numa altura muito poética e romântica, é o que tem mais complexidade musical e terá    sido uma dança descendente das danças com espadas.

O Baile dos pretos- único no país
O Baile dos Pretos, trata-se de uma tradição única no País, das Festas do Corpo de Deus de Penafiel, que já não se realizava desde 1963, e foi recuperado em 2011,  pela Associação do Desenvolvimento de São Paio da Portela.
 Este Baile sempre foi dos Bailes mais apreciados pela população. A sua maneira caricata, berrante, satírica e alegre de actuar sempre cativou as gentes da urbe e de fora do concelho. Os pretos  vestem de calção e tanga, as pretas de saia também tanga, de cores fortes, e pintados completamente de negro. A Rainha e o rei com vestes cintilantes, com coroa vistosa na cabeça. No Baile segue um preto com um grande mastro de onde de agarram fitas de várias cores. A certa altura do Baile o mastro coloca-se ao centro e os pretos correm em volta, segurando uma fita cada um. A musica do Baile é através de batuque, acordeão e tambor.

O Baile dos Turcos-único no País

Esta dança, única no País, de efeito espectacular, retrata uma batalha entre mouros e cristãos. 
Um exército cristão, comandado por São Jorge vem em defesa de uma dama casada com um rei Mouro, mas que está farta e se quer converter à fé cristã. A certa altura do Baile, após as encenações principais, como a prisão da dama e a afronta entre mouros e cristãos, começa a batalha.
São Jorge acaba morto pelo rei Turco, e quando tudo parecia perdido para os Cristãos, rebenta no ar um foguete, e de um grande rochedo sai um anjo que vem ressuscitar São Jorge, libertar a dama e converter os mouros à fé cristã, dando assim fim ao Baile. 

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