Penafiel | Festival Literário Escritaria dedicado a Lídia Jorge

O Festival Literário Escritaria, em Penafiel, que se realiza entre os dias 1 e 5 de Outubro, vai homenagear a escritora Lídia Jorge.
Durante 5 dias, Penafiel será a Cidade de Lídia Jorge.
Teatro, arte de rua, momentos musicais, conferências e apresentação de livros são alguns momentos que constarão da programação, envolvendo toda a cidade numa verdadeira contaminação literária.
Segundo Antonino de Sousa, Presidente da Câmara Municipal de Penafiel, "Ao longo de cinco dias, Penafiel vai ser a cidade de Lídia Jorge. É aqui que vai estar toda a sua vida e obra presentes", referindo ainda que estival literário vai manter o figurino de anos anteriores, "prestando tributo à vida e obra de escritores de língua portuguesa"

Nas edições anteriores do Escritaria tinham sido homenageados os escritores Urbano Tavares Rodrigues, José Saramago, Agustina Bessa-Luís, Mia Couto,  António Lobo Antunes e Mário de Carvalho.

Vida e obra de Lídia Jorge (wikipédia)
Nascida em Boliqueime | Loulé (Algarve) (18/06/1946), Lídia Jorge licenciou-se em Filologia Românica pela Universidade de Lisboa, tendo sido professora do Ensino Secundário 1 2 . Foi nessa condição que passou alguns anos decisivos em Angola e Moçambique, durante o último período da Guerra Colonial. Foi membro da Alta Autoridade para a Comunicação Social e integrou o Conselho Geral da Universidade do Algarve.

A publicação do seu primeiro romance, O Dia dos Prodígios (1980) constituiu um acontecimento num período em que se inaugurava uma nova fase da Literatura Portuguesa. Seguiram-se os romances O Cais das Merendas (1982) e Notícia da Cidade Silvestre (1984), ambos distinguidos com o Prémio Literário Município de Lisboa. Mas foi com A Costa dos Murmúrios (1988), livro que reflecte a experiência colonial passada em África, que a autora confirmou o seu destacado lugar no panorama das Letras portuguesas. Depois dos romances A Última Dona (1992) e O Jardim sem Limites (1995), seguiu-se O Vale da Paixão (1998) galardoado com o Prémio Dom Dinis da Fundação da Casa de Mateus, o Prémio Bordallo de Literatura da Casa da Imprensa, o Prémio Máxima de Literatura, o Prémio de Ficção do P.E.N. Clube, e em 2000, o Prémio Jean Monet de Literatura Europeia, Escritor Europeu do Ano. Passados quatro anos, Lídia Jorge publicou O Vento Assobiando nas Gruas (2002), romance que mereceu o Grande Prémio da Associação Portuguesa de Escritores e o Prémio Correntes d'Escritas. Combateremos a Sombra, publicado em Portugal em 2007, recebeu em França o Prémio Michel Brisset 2008, atribuído pela Associação dos Psiquiatras Franceses. Com chancela da Editora Sextante, publicou em 2009, o livro de ensaios Contrato Sentimental, reflexão crítica sobre o futuro de Portugal. Seguiu-se-lhe o romance A Noite das Mulheres Cantoras (2011) e, em Março de 2014, Os Memoráveis, o seu mais recente romance.

Lídia Jorge publicou antologias de contos, Marido e Outros Contos (1997), O Belo Adormecido (2003), e Praça de Londres (2008), para além das edições separadas de A Instrumentalina (1992) e O Conto do Nadador (1992). A sua peça de teatro A Maçon foi levada à cena no Teatro Nacional Dona Maria II, em 1997, com encenação de Carlos Avilez. Também uma adaptação teatral de O Dia dos Prodígios foi realizada e encenada por Cucha Carvalheiro no Teatro da Trindade, em Lisboa. O romance A Costa dos Murmúrios foi adaptado (2004) ao Cinema por Margarida Cardoso.

Os romances de Lídia Jorge encontram-se traduzidos em diversas línguas. A agência literária que a representa tem sede em Frankfurt – Literarische Agentur Dr. Ray-Güde Mertin, Inh. Nicole Witt e.K.. Obras suas, além de edições no Brasil, estão traduzidas em mais de vinte línguas designadamente nas línguas inglesa, francesa, alemã, holandesa, espanhola, sueca, hebraica, italiana e grega, e constituem objecto de estudo nos meios universitários portugueses e estrangeiros, tendo-lhes sido dedicadas várias obras de carácter ensaístico.

O Presidente da República Francesa, Jacques Chirac, a 13 de abril de 2005, condecorou-a com a Ordem das Artes e Letras de França, no grau "Chevalier", a que se acrescentou posteriormente o grau de "Officier". Em 2006, a autora foi distinguida na Alemanha, com a primeira edição do Albatroz, Prémio Internacional de Literatura da Fundação Günter Grass, atribuído pelo conjunto da sua obra. Em Portugal, o Presidente da República, Jorge Sampaio, a 9 de março de 2009, condecorou-a com a Grã Cruz da Ordem do Infante D. Henrique. A Universidade do Algarve, a 15 de dezembro de 2010, atribuiu-lhe o doutoramento Honoris Causa, em sessão solene no Grande Auditório do Campus de Gambelas. A União Latina, a 5 de maio de 2011, atribuiu-lhe o Prémio da Latinidade, João Neves da Fontoura. A Associacióin de Escritores en Lingua Gallega atribuiu-lhe em Maio de 2013 o título de Escritora Galega Universal. A assinalar o 30.º aniversário da publicação de O Dia dos Prodígios, a Câmara Municipal de Loulé promoveu a exposição bio-bibliográfica Trinta Anos de Escrita Publicada, entre novembro de 2010 e março de 2011, no Convento de Santo António dos Olivais.


Em Portugal, à exceção do livro de ensaios Contrato Sentimental, todos os seus livros têm a chancela das Publicações Dom Quixote.

Comentários

Anónimo disse…
boa escolha
Paula Mota disse…
até estou para ver o que os críticos de penafiel acham de escolha dste ano