Gárgula da Igreja Matriz de Penafiel

O Riquezas e Tradições de Penafiel andou, uma vez mais, à descoberta do património da cidade.
Desta vez, fomos até à Igreja de São Martinho, Matriz da Cidade de Penafiel, onde descobrimos uma figura que passa despercebida a muita gente.
A Igreja Matriz de Penafiel, de estilo renascentista, foi construída no Século XVI, no local onde se encontrava o templo do Espiríto Santo.
No Corpo da Igreja, lado esquerdo, encontra-se adossada a Capela do Senhor dos Passos, único vestígio da construção Manuelina.
Na parte exterior, inserida no cunhal, encontramos uma gárgula, que formaria um par, sendo que a outra gárgula se encontrava no cunhal oposto.
A gárgula da Igreja Matriz de Penafiel apresenta forma de cabeça humana e caracteriza-se por um grande arcaísmo formal e plástico que nos indica que a sua realização e construção partiu de um artista local.
A Gárgula indica-nos ainda que o autor teria pouca experiência.
Foi executada em granito, que faz com que a gárgula apresente semelhanças com cachorros ou modilhões românicos.

Afinal, o que são gárgulas?
Pequena descrição (wikipédia)

As gárgulas, na arquitetura, são desaguadouros, ou seja, são a parte saliente das calhas de telhados que se destina a escoar águas pluviais a certa distância da parede e que, especialmente na Idade Média, eram ornadas com figuras monstruosas, humanas ou animalescas, comumente presentes na arquitetura gótica. O termo se origina do francês gargouille, originado de gargalo ou garganta, em Latim gurgulio, gula. Palavras similares derivam da raiz gar, engolir, a palavra representando o gorgulhante som da água; em

italiano: doccione; alemão: Ausguss, Wasserspeier.

Acredita-se que as gárgulas eram colocadas nas Catedrais Medievais para indicar que o demônio nunca dormia, exigindo a vigilância contínua das pessoas, mesmo nos locais sagrados.