Imagem de S.Martinho | Padroeiro de Penafiel | ano 2014 |
Foi também neste século (XI) que muitos Francos da gasconha assentaram arraiais em Arrifana de Sousa movidos pela fé para tentar expulsar os mouros que por aqui se instalavam.
Acabado o conflito as tradições, quer pagãs quer religiosas voltaram a ter grande importância no povo de Penafiel e da região.
No São Martinho não faltavam arraiais, bailarico, e vinho-novo.
Mas para Teresa Soeiro, as festividades de São Martinho terão começado quando a sede de paróquia deixou Moazares e se mudou para uma nova e imponente igreja no lugar de Arrifana, em 1570.
A festividade começou por ter uma vertente mais litúrgica e religiosa, onde as populações das redondezas deslocavam-se à cidade para prestar culto ao santo, pagando promessas a ele dedicadas, mas com o passar dos anos a parte religiosa da festa ia-se perdendo.
Já em contraste a feira ia aumentando de ano para ano, com a venda da castanha assada, do vinho-novo, de produtos regionais, e até a iguaria da festividade, a torta de São Martinho.
Mas a partir de 1856, a Cólera, e em 1857 a febre amarela que devastaram o País causando milhares de Mortos, levaram a que o rei D.Pedro V fosse obrigado a proibir a realização de grandes aglomerações.
Daqui resultou a consequente proibição da realização da feira tradicional de São Martinho no dia 11 de Novembro passando a ser realizada no dia 11 de Abril.
O descontentamento levou a que o povo continuasse a realizar a feira com os cavalos, nos lugares de São Roque e Aveleda.
Nos finais de oitocentos a feira adquire nova vitalidade, com a linha do Douro. Os feirantes e os inúmeros forasteiros passaram a poder afluir com mais rapidez à cidade para gozar as festividades. Nos dias de hoje, a Feira de São Martinho, apesar de algumas diferenças com o passado, continua a ser uma das maiores romarias da região. Ou seja, a tradição ainda é o que era
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