Cidade de Penafiel prestou culto a São Roque, advogado da Peste, fome, dos inválidos e cirurgiões

No passado Domingo dia 16 de Agosto, a tradição cumpriu-se em Penafiel com a Majestosa Procissão em Honra de São Roque, advogado da fome, da peste, dos inválidos e dos cirurgiões, que voltou a percorrer as ruas da nossa cidade.   

As ruas mais típicas de Penafiel ficaram repletas de devotos e curiosos que quiseram assistir à Procissão, num percurso marcado por colchas, flores e repicar dos sinos das Igrejas onde passou. Este ano a Procissão, além das figuras Bíblicas, estandartes, andor NªSªFátima e os pesados andores de Santa Luzia, São Sebastião e São Roque, a procissão contou com a participação da Fanfarra de Boim-Lousada e da Banda Musical 1ºde Agosto-Coimbrões-Vila Nova de Gaia.
 A representar a autarquia esteve o vereador Alberto Clemente, da Junta de Penafiel, Adelaide Cunha e ainda o Presidente da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Penafiel.


Um pouco de História   
Segundo nos conta a História, Roque nasceu em Montpellier em 1295, e a sua Santidade foi premeditada pois nasceu com um sinal avermelhado em forma de cruz no peito. Roque cedo ficou órfão e herdou uma enorme fortuna. 
Depois de atingir idade mais adulta entregou toda a sua riqueza aos pobres e aos mais necessitados e viajou para Roma.           
Pelo caminho Roque deparou-se com a epidemia da Peste que dizimava populações inteiras. 
Em vez de se ter afastado, Roque ofereceu-se para ajudar a tratar os doentes da peste. Depois de ter estado em Roma, dirigiu-se para Placência que estava muito "atacada" pela peste.       
   Lá Roque acabaria por contrair a Peste e para não infectar ninguém, Roque, rastejou como pôde, e escondeu-se numa gruta escondida da floresta. Nessa gruta surgiu um a fonte de pura água cristalina que lhe matava a sede abrasadora, e todos os dias aparecia um cão para lhe levar um pãozinho e lhe lamber a ferida e os bubões da peste. Depois de se ter curado e ter terminado a sua missão, Roque voltou para a sua terra Natal não foi reconhecido e foi preso como um espião. Quando morreu, foi reconhecido pelo sinal no peito em forma de cruz.


Em Penafiel a sua Capela existe pelo menos desde 1580.
Por volta de 1755 a Peste dizimava as terras de Arrifana de Sousa, então para evitar o contágio, os empestados eram colocados no adro da capela e aí ficavam a cargo de Frei António da Ressurreição, que ia diariamente à ponte de cepeda buscar-lhes alimentos e medicamentos. Mais tarde, este padre,  foi sepultado num túmulo que se situa nas traseiras da capela e que tem estatuto de Monumento Nacional. 
Ficam algumas fotografias desta majestosa procissão:










Comentários