Espaço Informativo/Freguesias: Croca vai ter eleições intercalares

Os elementos eleitos pela coligação PSD/CDS e pelo movimento independente "Dar as Mãos por Croca" para a Assembleia de Freguesia da localidade de Penafiel de Croca demitiram-se em bloco, provocando eleições antecipadas.

Este foi o último episódio de um processo em que oposição e António Líbano, socialista reeleito como presidente, nunca chegaram a acordo para formação do Executivo.
Forças políticas opositoras justificam a medida com a "intransigência" do presidente da Junta de Freguesia de Croca. Já o PS/Penafiel fala em "terrorismo político" e garante que vai submeter o mesmo candidato a sufrágio.
As eleições de outubro deram quatro elementos ao PS e distribuiu outros cinco pela coligação "Penafiel Quer" e pelo movimento cívico "Dar as Mãos por Croca" . Mas, com o partido vencedor em minoria, nunca foi possível alcançar um consenso na escolha dos dois vogais que deviam acompanhar António Líbano no Executivo e as Assembleias de Freguesias entretanto realizadas revelaram-se ineficazes. A primeira foi repetida por ordem do Tribunal, a segunda não chegou a começar por falta de quórum e a terceira terminou abruptamente após a Oposição ter abandonado a sala. Uma quarta sessão estava marcada para a noite desta quinta, mas não se iniciará, porque os elementos do PSD/CDS e do movimento independente demitiram-se. "Eu e os meus colegas apresentámos a demissão na última terça-feira. Na ocasião, falei com o PSD e os seus eleitos também decidiram demitir-se", explica Álvaro Santos. Para o líder do "Dar as Mãos por Croca", esta "foi a melhor solução". "Croca ia andar à "porra e à massa" e era impossível resolver o problema. Nós tínhamos a responsabilidade de representar quem nos elegeu, mas o presidente queria aplicar a política do "quero, posso e mando"", justifica.
Com a demissão da Oposição, a Assembleia de Freguesia fica sem condições legais de funcionamento e terão de se realizar, a partir de abril, novas eleições. "Assim, resolve-se o problema", defende Álvaro Santos, que revela não estar nos seus planos recandidatar-se.
Posição bem diferente é defendida pelo PS/Penafiel. "Os membros da Assembleia de Freguesia de Croca eleitos pela coligação "Penafiel Quer" e movimento independente "Dar as Mãos por Croca" assumem, definitiva e claramente, o desrespeito pela vontade dos croquenses, tendo-se demitido em bloco, com o único intuito de provocar eleições antecipadas", alega o partido. Os socialistas falam, inclusive, em "terrorismo político", adotado desde o final das eleições. "Efetivamente, a Oposição nunca foi capaz de respeitar o voto dos croquenses e criar condições de governação àqueles Partido Socialista que foram eleitos pelo seu povo para presidir aos destinos da Junta de Freguesia de Croca", sustenta.
Por fim, o PS garante que apresentará novamente a eleições António Líbano, "para garantir que a vontade e que o voto (dos croquenses) sejam respeitados".
Fonte desta notícia- Jornal de Notícias | Autor- Jornalista Roberto Bessa Moreira 
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