Penafiel- CHTS vai disponibilizar cirurgia Laparoscópica de Hérnia inguinal por abordagem TEP

Realizou-se na manhã de 30 de novembro, no Hospital Padre Américo, em Penafiel,  a formação “Hérnia Inguinal – Abordagem TEP” que contou com a participação de profissionais do Centro Hospitalar do Tâmega e Sousa (CHTS) e outras instituições de saúde nacionais.
O principal formador foi Carlos Magalhães, diretor da Unidade de Cirurgia Geral de Ambulatório do Centro Hospitalar do Porto e presidente da Associação Portuguesa de Cirurgia de Ambulatório, um dos cirurgiões com mais experiência nesta técnica em Portugal.
A formação compreendeu uma sessão alternada entre apresentações teóricas e cirurgia realizada no bloco central com transmissão vídeo em direto para o auditório do Hospital Padre Américo.
Manuel Oliveira, diretor do Serviço de Cirurgia do CHTS, salienta a importância desta formação para iniciar uma nova opção terapêutica porque “quando temos várias técnicas cirúrgicas disponíveis, podemos oferecer ao doente a opção que melhor se adequa ao seu caso”.
O tratamento da hérnia inguinal é apenas cirúrgico e existem dois tipos de abordagens para esta patologia. A clássica, chamada de via aberta, que é mais dolorosa, de recuperação mais lenta, com maiores limitações no pós-operatório, e a laparoscópica que é minimamente invasiva e, por isso, apresenta menos riscos de infeção, é menos dolorosa, de recuperação mais rápida e menos limitadora no pós-operatório. A nível estético, na cirurgia laparoscópica, as cicatrizes também são menos e menores, quase impercetíveis.
A abordagem TEP (Total Extraperitoneal Laparoscopy) na correção cirúrgica das hérnias inguinais, uma técnica avançada e reconhecida, representa uma das abordagens laparoscópicas possíveis nesta patologia. Trata-se de uma cirurgia segura e com excelentes resultados funcionais, mas ainda pouco implementada nos centros cirúrgicos portugueses.
Quanto à brevidade do início desta técnica cirúrgica no CHTS, o diretor do Serviço de Cirurgia explica que “apesar da grande curva de aprendizagem, o Serviço já se dedica a várias técnicas avançadas de cirurgia laparoscópica e, por isso, existe já o know-how por parte dos cirurgiões para que esta aprendizagem seja muito mais rápida”.
“Uma outra preocupação do Serviço, e também do CHTS, é o ensino de todas estas técnicas e aptidões aos internos de cirurgia que escolheram a nossa instituição para formação”, conclui Manuel Oliveira.
Uma hérnia inguinal é a exteriorização de conteúdo intra-abdominal que invade o espaço subcutâneo. A sintomatologia associada é a dor e incapacidade para realizar esforços moderados ou fortes. O não tratamento pode levar ao estrangulamento da hérnia, obrigando a uma cirurgia urgente que pode resultar na redução do intestino.
No CHTS realizam-se, em média, mais de 500 cirurgias de hérnia inguinal por ano.
As principais vantagens para o doente intervencionado por via laparoscópica são uma menor dor no pós-operatório, é uma técnica possível de praticar em ambulatório ou com poucos dias de internamento, a recuperação é muito mais rápida, permitindo ao doente um regresso mais rápido à sua atividade normal e, tal como em todas as abordagens mini invasivas, o risco de infeção é reduzido.

Fonte da notícia- Centro Hospitalar do Tâmega e Sousa

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