Procissão de São Roque em Penafiel... uma tradição desde 1890

No passado Domingo dia 12 de Agosto, a tradição cumpriu-se em Penafiel com a Majestosa Procissão em Honra de São Roque, advogado da fome, da peste, dos inválidos e dos cirurgiões.
Segundo nos conta a História, Roque nasceu em Montpellier em 1295, e a sua Santidade foi premeditada pois nasceu com um sinal avermelhado em forma de cruz no peito.
Roque cedo ficou órfão e herdou uma enorme fortuna. Depois de atingir idade mais adulta entregou toda a sua riqueza aos pobres e aos mais necessitados e viajou para Roma.
Pelo caminho Roque deparou-se com a epidemia da Peste que dizimava populações inteiras. Em vez de se ter afastado, Roque ofereceu-se para ajudar a tratar os doentes da peste. Depois de muito tempo em hospitais a tratar dos empestados, Roque pôs-se a caminho de Roma. Chegado lá, dirigiu-se aos túmulos dos apóstolos. Mas para seu espanto, Roque era recebido por Bispos e cardeais que já sabiam dos seus actos. Outras vezes, percorria as ruas de Roma, a ver se encontrava doentes e pobres, que era o seu grande apostolado, e as pessoas ao ver Roque, logo gritavam: "Aí vai o Santo, aí vai o Santo!"                                  Ao ver que não servia mais em Roma, dirigiu-se para Placência que estava muito "atacada" pela peste.          Lá Roque acabaria por contrair a Peste.                  Para não infectar ninguém, Roque, rastejou como pôde, e escondeu-se numa gruta escondida da floresta.
Nessa gruta surgiu um a fonte de pura água cristalina que lhe matava a sede abrasadora, e todos os dias aparecia um cão para lhe levar um pãozinho e lhe lamber a ferida e os bubões da peste.
Um dia o dono do cão seguiu-o e deparou-se com Roque. Ao saber a sua história, o dono do cão, também rico, entregou tudo e fez-se peregrino.
Depois de se curar, Roque dirigia-se aos hospitais e fazendo apenas o sinal da cruz todos os doentes da peste ficavam curados.
Mais tarde Roque ao voltar para a sua terra Natal não foi reconhecido e foi preso como um espião.
Acabaria por morrer à fome abandonado por todos.
Quando se desfizeram das roupas, viram o sinal no peito em forma de cruz e aperceberam-se que tinham morto Roque.
Em Penafiel a sua Capela existe pelo menos desde 1580. Por volta de 1755 a Peste dizimava as terras de Arrifana de Sousa, então para evitar o contágio, os empestados eram colocados no adro da capela e aí ficavam a cargo de Frei António da Ressurreição, que ia diariamente à ponte de cepeda buscar-lhes alimentos e medicamentos. Mais tarde foi sepultado num túmulo que se situa nas traseiras da capela e que tem estatuto de Monumento Nacional. Também desde 1890 que na Cidade se realizam as Festas do São Roque, em que o Ponto alto é a Majestosa Procissão. 2012 não fugiu à regra, e o Padroeiro dos Cirurgiões e contra a peste voltou a percorrer as ruas da Cidade. Este ano a Procissão, além das figuras Bíblicas, estandartes, andores de NªSªFátima, Santa Luzia, São Sebastião e São Roque, contou com a presença da Irmandade da Misericórdia de São Roque de Lisboa. Ficam algumas fotografias e alguns vídeos:

 Andor de São Sebastião

 Irmandade da Misericórdia de São Roque de Lisboa


 Algumas fotografias do andor de São Roque


 Pálio

 Andor de São Sebastião




Comentários

Paula Mota disse…
S.roque nos ajude. a tradição continua a manter-se
Maria Soares disse…
parabéns ao sr.pacheco e aos que cuidam da capela por nao deixar morrer a festa